Artigos

O Grupo Boticário está trilhando um caminho notável de crescimento, especialmente no que diz respeito aos investimentos em tecnologia. Nos últimos três anos, o aumento significativo de capital dedicado à transformação tecnológica reflete o compromisso da empresa com a inovação. No entanto, mais do que a quantia investida, é a abordagem da área de Finanças que tem impulsionado as iniciativas de inovação dentro do grupo. 

Marcelo Azevedo, CFO do Grupo Boticário, destaca que a área financeira não apenas contribui para a definição do orçamento de inovação, mas também se liberta do papel tradicional de controladora. Essa autonomia permite que outros departamentos apostem em iniciativas promissoras, enquanto Finanças concentra-se na medição da performance do grupo sob novas prioridades e estruturas. 

Mas o diferencial das Finanças no Boticário vai além da interação com outras áreas. O investimento em ferramentas tecnológicas com funções cruciais é uma prática habitual. Um exemplo disso é o algoritmo de concessão de crédito que automatiza o financiamento de mais de R$ 1 milhão de revendedores sem intervenção humana. Além de impulsionar a eficiência, também reforça o compromisso com a inovação em processos internos.

Fomentar o desenvolvimento tecnológico alocando recursos de maneira estratégica é o papel do CFO diante das inovações, de acordo com Marcelo. Somado a isso, é preciso ter um plano de voo bem definido, avaliado a cada seis meses, para ajustar os recursos conforme necessário para que a empresa se adapte rapidamente às mudanças e mantenha a flexibilidade necessária para investir onde é mais promissor.

O Grupo Boticário segue o modelo organizacional centrado no cliente, em que as soluções tecnológicas e financeiras desempenham um papel vital na estratégia da empresa. Sendo assim, a atuação do CFO é de incentivar, alinhando os investimentos em tecnologia com a mudança do negócio.

Para moderar os gastos em inovação, há dois processos essenciais. São eles:

1. Planejamento estratégico de três anos para definir diretrizes gerais;

2. Ciclos de OKRs para permitir que as iniciativas sejam delineadas de forma colaborativa. 

 

A abordagem autônoma, revisada a cada seis meses, garante que os recursos sejam alocados de maneira eficiente, mantendo o foco nas demandas dos clientes externos.

À medida que as áreas ganham autonomia no manejo do orçamento para inovações, Azevedo observa a transformação do papel das Finanças na empresa para uma área que consegue interpretar cada vez melhor o negócio, e não apenas gerenciam informações, utilizando sistemas inovadores para medir a performance do grupo e identificar áreas de destaque. Por isso, há uma grande necessidade em adquirir habilidades para lidar com grandes conjuntos de dados e codificar análises.

A abordagem inovadora da área de Finanças do Grupo Boticário, sob a liderança do CFO Marcelo Azevedo, destaca a importância de uma visão estratégica na alocação de recursos para inovação. 

Finanças e Tecnologia impulsionam a eficiência operacional redefinem a maneira como a empresa analisa seu desempenho e investe em seu futuro. A experiência do Grupo Boticário é um exemplo inspirador de como a inovação não é somente impulsionada por investimentos financeiros, mas também pela transformação da mentalidade e processos internos.

 

Faça o download da revista “Finance Career Perspective 2023” para conferir a entrevista de Marcelo Azevedo na íntegra.

Marcelo Azevedo

CFO | Grupo Boticário